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sábado, janeiro 31, 2015

Capítulo 37

-E agora? –V perguntou assustada.
-Já soltei os cachorros. –Ele disse apertando alguns botões aleatoriamente e ela logo ouviu os latidos.
-Meus amigos.
-Estão trancados no quarto deles.
-E se alguém tiver saído?

Ele puxou o iPad que estava na gaveta de cabeceira.

-Estão nos quartos. Todos. –Disse entregando o aparelho pra ela e Vanessa os viu pela na tela do aparelho. Deviam ser as câmeras de segurança.
-Liga pra agência.
-A segurança está conectada a eles. Logo vão chegar. –Ele disse colocando seu colete por cima da camisa.
-Você não vai sair.
-Eu preciso.
-Eu vou com você.
-Não. Os cachorros estão soltos. Ligue para seus amigos e os acalme. O telefone agora está conectado aos quartos deles. Poderá falar com todos ao mesmo tempo.
-Zac, fica.
-Não posso.
-Então me deixe ir com você.
-É perigoso. –Ele disse montando uma metralhadora mediana.
-Então é perigoso pra você também.
-Eu sou treinado.
-E eu sei manusear uma pistola.
-Ah, sabe? –Ele perguntou erguendo uma sobrancelha.
-O suficiente para não atirar em mim mesma.
-E em mim?
-Também não.
-Fique aqui onde é seguro.
-Deixa eu falar com eles e você vai. Eles podem querer falar com você.
-Tudo bem. –Concordou relutante. Pegou o telefone e discou o alguns números. –Fale você. Não se esqueça de que estão conectados a agência. –Z avisou lhe entregando o aparelho.
-Oi? –Ela ouviu a voz de Gabriela segundos depois.
-O que está havendo? –Dessa vez foi Alex quem perguntou.
-Alguém invadiu a propriedade. –Vanessa disse. –Não se preocupem, os quartos foram trancados automaticamente pelo sistema de segurança.
-E vocês, como estão? –James perguntou.
-Estou bem. O Zac soltou os cachorros e agora quer dar uma varredura pela área antes dos agentes chegarem.
-Agentes? –Alexandra perguntou.
-Agentes de segurança. Querem falar com ele?
-Não precisa.
-Fiquem no quarto até confirmarmos que está tudo bem, entenderam?
-Confirmamos? Você vai também? –Gabriela perguntou.
-Você não vai fazer isso! –Alex disse.
-Eu não vou, na verdade, estou tentando fazê-lo mudar de ideia.
-Eu vou assim mesmo. –Z disse.
-Por favor, não me deixa sozinha.
-Você vai ficar bem.
-Não. –Choramingou.
-Posso te colocar no quarto deles se quiser. Só teremos alguns segundos até a segurança trancar tudo novamente.
-Eu quero. –Gabriela gritou pelo telefone. –Nos ponha no mesmo quarto que eles, por favor.
-Vou fazer isso. –Z disse olhando pra Vanessa. –E você?
-Eu vou com você.
-Não vai não.
-Sim, eu vou. –Disse se levantando e indo até o outro lado do quarto pegando seu colete no armário.
-Vanessa...
-Não tente me parar. Se estou na chuva, então que seja pra me molhar. –Ela disse fechado as fivelas.
-Com que arma? Não vou te dar a minha.
-Vou usar minha pistola. –Disse vasculhando os sapatos.
-Não está carregada.
-Sim, está.
-Você é muito teimosa. –Ele disse pegando o telefone que ela tinha deixado na cama. –Eu vou desativar tudo por quinze segundos. Será tempo suficiente para vocês mudarem de quarto e segurarem a Vanessa aí. Vou jogá-la querendo ou não. 
-Eu posso lutar contra você. –Ela disse.
-Nem tente.
-Pois não me teste. –Ela disse encontrando a arma. –Vamos.
-Você está só de sutiã e calcinha.
-O colete é a única coisa importante, vamos.
-O Smith vai me matar.
-Vamos deixá-lo orgulhoso. –Ela disse tomando o telefone das mãos dele. –Se preparem. –Avisou aos amigos. –Darei duas batidinhas e vocês vão sair e então darei outras duas e os meninos abrem a porta. Entenderam?
-Sim. –Ela desligou.
-Você parece o seu pai.
-Fico feliz.
-Ele era mandão e teimoso que nem você.
-Fico mais feliz ainda. –Ela disse discando o número da agência. –Não é nenhum teste, é invasão. –Ela avisou assim que atenderam. –Vou dar uma supervisionada no local com o Agente Efron, por isso, tenham cuidado para não nos acertarem.
-Sim, senhora. Invadiremos pelos fundos.
-Tudo bem. Os cachorros estão soltos.
-Saberemos domá-los.
-Ótimo. –Ela desligou.
-Se lembrou dos cachorros? –Z perguntou irônico.
-Eles não vão ter problemas com eles.
-Mas e você?
-Eu sei que você não vai deixar eles me atacarem. –O beijou. –Vamos logo.
-Vamos. Não saia de perto de mim.
-Pode deixar. Se você armar alguma coisa pra cima de mim, eu atiro na fechadura.
-Não vou. –Ele prometeu revirando os olhos.

Zac deu uma olhada nas câmeras de segurança pelo iPad e então digitou o código no painel. A porta foi destrancada e ele saiu do quarto com Vanessa colada nas suas costas. Ela correu até a porta do quarto das amigas e deu as batidas na porta enquanto ele fazia uma varredura no andar de baixo com o olhar.

-Aí que bom. –Gabriela disse abrindo a porta.
-Xiu. –Z disse. –Vamos. –Ele as guiou até o quarto dos garotos e deu duas batidinhas. A porta foi aberta e ele as empurrou lá dentro. Alex tentou segurar Vanessa, mas ela relutou.
-Eu vou também.
-Não vai, não.
-Me largue.
-É arriscado demais, não vou deixar você fazer isso. –Tentou segurá-la mais uma vez, mas ela o socou e correu para fora sendo seguida por ele.
-Droga! –Z disse. –Trancou.
-Viu o que você fez? –V disse. –Agora você corre perigo.
-E você também. –Alex disse segurando o nariz. –Qual é o seu problema com narizes alheios?
-Você não devia ter me segurado.
-Chega! –Z ordenou. –Vou arranjar um colete pra você.
-E uma arma. –Disse tirando a pistola das mãos da morena. –Deixa pra lá.
-É minha.
-Desde quando você sabe usar isso?
-Não interessa.
-Parem. –Z ordenou novamente. –Alex, fique com ela no meu quarto.
-Zac, eu já disse que vou com você.
-Vanessa, não insista.
-Porquê não fazemos a varredura logo? –Alex perguntou. –Os cachorros devem ter farejado alguma coisa.
-E o seu colete? –V perguntou.
-Eu já levei um tiro antes, não faz muita diferença levar outro. –Ele disse olhando para Zac. –Pode ser?
-Pode, mas fique por perto. Os cachorros vão atacar se vocês não estiverem comigo.
-Tudo bem. –Deram alguns passos e as luzes foram apagadas.
-Não se assustem, faz parte da segurança. É melhor para nós já que o lugar é conhecido. –Z disse os guiando até as escadas.
-E os seus amiguinhos?
-Vão chegar em instantes. Limite-se a falar comigo.
-Certo. –Alex concordou revirando os olhos e Vanessa lhe deu uma cotovelada. –Ei!
-Eu vi. –Ela resmungou.
-Calem a boca. –Z disse parando no térreo. –Vamos para o meu escritório buscar uma arma para você. –Ele disse varrendo a sala de estar com os olhos. Após digitar a senha no painel que ficava atrás de um quadro, eles entraram e Zac trancou a porta. As luzes acenderam automaticamente.
-Você tem um painel em todo lugar? –Alex perguntou.
-Sim. –Ele respondeu abrindo uma gaveta. –Tenho outra pistola aqui e munição. –Ele disse colocando as coisas em cima da mesa. –Tem um colete atrás da porta se quiser.
-Obrigado. –Alex disse.
-Não está zangado comigo, está? –V perguntou se aproximando de Zac.
-O que você acha?
-Amor, não tenho culpa.
-Tem sim.
-Amor! –O abraçou. –Por favor.
-Funciono melhor sob pressão, já te falei.
-Então a minha presença é estimulante.
-Não estou para brincadeiras. –Ele disse saindo do aperto dos braços dela e indo olhar pela janela. –Nenhum movimento lá fora.
-Vai ser assim?
-Sim. –Ele respondeu. –Depois nós conversamos sobre sua teimosia.
-Tudo bem. Vou ficar com a pistola. –Ela avisou recolhendo o material e as balas.
-Tome cuidado.
-Não se preocupe, eu sei me virar. –Disse prendendo o cabelo com um elástico que tinha na mesa dele.
-Você merece uma surra! Se não conversasse tanto, estaríamos dormindo.
-Ia ser pior. –Ela revidou. –Imagine acordar num susto?
-Porquê você está semi nua? –Alex perguntou.
-Eu durmo assim.
-Não dorme, não.
-Passei a dormir. –Ela disse se virando para Zac novamente. –Tome cuidado.
-Você também. –A beijou levemente. –Podemos nos espalhar. O Alex é experiente. Você vai pra cozinha e a Vanessa e eu vamos para a sala de música.
-E os cachorros?
-É verdade. Vamos para a cozinha então. Duvido que tenham invadido atrás de instrumentos.
-Sala de música primeiro. –V disse e ele sorriu. Ela estava aprendendo rápido. Digitou o código e saíram os três do escritório e logo correram para a sala ao lado. –Vazia. –Ela disse e fechou a porta. A luz logo se apagou. –Trancado.
-Cozinha. –Z disse e ela concordou com a cabeça. Chegaram no local e se espalharam. Zac entrou na dispensa e Vanessa foi olhar pela janela.
-Aí. –Ela reclamou quando sentiu o puxão no braço. –Que diabos, Alex!
-Porquê "amor"? Porquê o beijou? Porque a lingerie? –Ele questionou a puxando para o chão. –Estão ficando?
-Não é da sua conta.
-É da minha conta sim. Já disse que é errado, você sabe que é.
-Não se meta nos meus assuntos, Alexander Richard Pettyfer. –Ela ordenou voltando a se levantar. Tomou um susto quando viu uma figura no escuro e logo empunhou a arma e apertou o gatilho.
-Vanessa! –Ela ouviu  Zac resmungar enquanto caia no chão.
-Aí meu Deus, desculpa. –Disse indo até ele. –Amor!
-Estou bem. Você acertou no colete.
-Desculpa. –O beijou.
-Me ajude a levantar. –Ele pediu e ela o fez.
-A culpa foi do Alex que me distraiu.
-Minha nada. –O loiro se defendeu.
-Eu ouvi a conversa de vocês. –Z disse. –Qualquer um a cinco metros ouviria. Vocês não falam, vocês berram. Sejam discretos, por favor. –Eles concordaram com a cabeça e Zac foi pra perto da porta da cozinha. –Vou deixar os cachorros entrarem, fiquem por perto. –Ele disse digitando um código no painel perto da geladeira e escutou o clique. –Venham pra perto de mim. –Z ordenou e os dois logo obedeceram. Ele girou a maçaneta e, segundos depois, três cachorros da raça pastor alemão romperam pela porta. –Amigos! Eles são amigos. –Ele disse apontando pra Vanessa e o Alex. –Vasculhem a área. –Ele ordenou dando algumas batidinhas nos animais que logo saíram correndo.
-Porquê aquele me encarou? –V perguntou.
-Vocês estão armados e você está me machucando. –Ele disse se referindo as unhas que ela tinha cravado no ombro dele.
-Desculpe.
-Vamos lá pra fora.
-Não.
-Então fique aí e espere eles voltarem e agarrarem sua perna.
-E se alguém estiver escondido nas árvores?
-Eles já teriam latido. Vamos, os outros devem ter encontrado algo para não terem vindo ainda. –Ele disse saindo e Vanessa o seguiu.
-Não se zangue comigo. –Ela pediu tentando segurar na mão livre dele.
-Depois conversamos.
-Me de sua mão pelo menos. –Ele bufou e segurou na dela. –Obrigada.
-Você vai deixar a porta aberta? –Alex perguntou ignorando o afeto óbvio entre o casal. Vanessa tinha muito o que lhe explicar.
-Eles vão sair caso não encontrem nada, e se encontrarem e ela tiver fechada, nós não ouviremos os latidos. –Z explicou. –Vamos dar a volta e esperar lá na frente.
-Você suspeita de alguém?
-Sim.
-Quem?
-Confidencial.
-Será que entrou alguém realmente?
-Pode não ter entrado na casa, mas tentou, e ainda deve estar por aqui. É uma área grande, existem muitas brechas para se esconder. –Ele disse antes de assobiar. Ouviu alguns latidos em resposta e eles logo viram outros cinco cachorros grandes de diversas raças saindo de alguns lugares. –Amigos! Eles são amigos.
-Isso muda alguma coisa?
-Não me provoque na frente deles. –Z disse se afastando de Alex ainda segurando na mão de Vanessa. –Cheirem ela. Amiga! –A colocou na frente de seu corpo. –Será rápido, relaxe. –Falou para a namorada. Os cachorros se aproximaram e farejaram a morena, depois se afastaram de novo. –Sua vez, Alex.
-Não precisa você me pegar assim. –Ele resmungou com nojo. –Só ordene.
-Chegue mais perto pelo menos. –Alex obedeceu. –Cheirem ele. Colega!
-Qual a diferença?
-Eles vão te atacar se eu mandar. Já a Vanessa, não. Como "amiga" ela também pode mandar neles.
-Eu passo. –V disse e viu os animais se afastando de Alex e virando o focinho para a floresta. –O que houve?
-Tem alguma coisa ali. –Z disse a colocando atrás de si. –Farejem! –Os cachorros saíram cheirando todo o local até a entrada da floresta e eles ouviram alguns latidos. –Ataquem! –Z ordenou. Os outros quatro cachorros que faltavam deviam ter encontrado algo. Segundos depois os pastores alemães saíram pela porta da cozinha e correram na mesma direção que os outros. –Concerteza tem algo lá.
-Você não vai. –Vanessa disse o segurando.
-Ainda não. –Ele disse e logo cinco carros de grande porte surgiram pelos portões. As portas laterais se abriram e dezenas de homens e mulheres armados saíram por ela.
-E então? –Ela reconheceu Axel.
-Não encontramos nada na casa, mas ainda acho necessário uma busca mais detalhada. –Z disse. –Quero um grupo de dez pessoas vasculhando cada canto dessa casa. Tenham cuidado, os amigos dela estão trancados em um quarto. Quero outros trinta agentes se dividindo em pequenos grupos de cinco para procurar pelo resto da propriedade. Os cachorros encontraram alguma coisa na floresta. Quero um grupo de dez pessoas para descobrir o que é comigo.
-Zac, não.
-Você vai ficar aqui. –Ele ordenou rígido. –Os dois. Me entenderam?
-Quem é esse? –Axel perguntou apontando pra Alex.
-Amigo dela, depois explico.
-Efron...
-Não me ameace, Axel. Estou morrendo de vontade de matar alguém, então não me provoque.
-Tudo bem. –Ele disse se afastando e selecionando os agentes.
-Vocês ainda não me responderam.
-Vou ficar com quem?
-Comigo. –Nina disse saindo do meio dos agentes.
-Agente Dobrev, eu te selecionei para vasculhar a casa. –Axel disse.
-Me libera dessa, Axel. Não faz sentido eu entrar lá. Os amigos dela vão me reconhecer. –Ela disse. –E o Zac atiraria em mim se eu fosse com ele. Prefiro ficar aqui com a Vanessa.
-Nina?!
-Oi Alex. Não questione.
-Mais isso é um absurdo!
-Você não gostava de mim, por isso, não dê uma de revoltado. –Ela disse abraçando Vanessa pelos ombros. –Você precisa de uma roupa.
-Ah desculpe, não tive tempo de me arrumar enquanto invadiam a casa. –V ironizou.
-Cuide dela. –Z disse se afastando.
-Morra. –Nina replicou.
-Tome cuidado. –V gritou para ele poder ouvi-la. Quando ele sumiu, ela deu um tapa em Nina. –Idiota.
-Posso saber onde estão suas roupas? Porquê lingerie?
-Vocês deram sorte. Costumo dormir de cueca. –V disse dando de ombros.
-Entrem no carro, os dois. –Ela ordenou.
-E depois da varredura, o que vai acontecer?
-Vamos leva-lós para um hotel para passar a noite. O lugar precisa de uma busca completa –que será feita durante o dia. O material de segurança será recolhido e então substituído por outro. Só então vocês vão poder voltar.
-Quanto tempo isso leva?
-Vinte e quatro horas no máximo, mas acho que antes do por do sol já estará tudo resolvido.
-Assim espero.
-Como? –Alex perguntou. –Quando? Vanessa, você sabia?
-Sem perguntas, Alex.
-Não, Nina. Nada disso. Minhas amigas sofreram por sua causa e você... Porquê?
-Trabalho.
-Você é uma deles?
-Sim.
-Tinha que ser. Quem mais faz parte dessa mentira? Fred? Tyler? O carteiro?
-Pare com isso. –V pediu. –O importante agora é descobrir quem invadiu e porque.
-Sua morte, é óbvio. –Nina disse indo até algumas telas que ficavam no fundo do veículo. –Vou localizar o Zac pra você. –Nina disse olhando pra Vanessa. –Só pra vê se você para de roer as unhas.
-Agradeceria.
-Já contou a ele?
-Não tenho por que contar.
-Tudo bem. –Sorriu.
-Não conte!
-Eu não vou me meter nisso, não se preocupe. Quero distância dele. –Ela disse e Vanessa revirou os olhos.
-Então você namorou o Zac? –Alex perguntou.
-Não foi um namoro, foi um... lance. Assim como eu e você.
-Nós transamos. E vocês dois?
-Nunca, nem em um milhão de anos.
-Ok. –Fingiu acreditar.
-Muito bem. Aqui está ele. –Ela apontou.
-O que é isso?
-Não interessa a você. Vanessa, pega aquele fone pra mim, por favor.
-Tudo bem.
-Como você ficou sabendo, Alex?
-Eu estava com a Vanessa quando tentaram atirar nela. Me acertaram em vez disso.
-Isso eu sei. Quem te contou a verdade? Até onde você sabe?
-Eles dois me contaram, e querendo ou não, eu ia acabar sabendo. Você deve saber do meu passado.
-Sim, eu sei. Mesmo assim, você não devia saber.
-Eu levei um tiro!
-E eu duas facadas e só fiquei sabendo desse mundo quando me sequestraram. –Ela disse. –O que você sabe?
-Acho que tudo. O pai dela era um agente do FBI assim como o Zachary e querem matar ela, por isso eles fugiram pra cá.
-Só isso?
-O namoro deles é falso.
-Noivado! –V exclamou.
-Que seja.
-Eu não acho que seja falso. –Nina disse.
-Depois do que vi lá dentro, também tenho minhas dúvidas.
-Não sejam ridículos.
-O que você viu, Alex? –Nina questionou ignorando Vanessa.
-Algumas carícias e palavras carinhosas. Ou eles atuam muito bem ou...
-Estão se pegando. Eu sabia!
-Nina, eu não estou me pegando com ninguém. Que termo feio.
-Vanessinha...
-Calada. Você deveria está monitorando, não é? –V disse olhando para as telas. –O que é aquilo?
-Um corpo. –Nina disse depois de analisar. –Os cachorros devem ter atacado.
-Você sabe quem é?
-Vou jogar a imagem no banco de dados agora mesmo. –Ela disse.
-Poderiam ligar o aquecedor do carro? Estou com frio.
-Use meu casaco. –Nina disse retirando a peça. –Pelo menos você está de colete.
-Obrigada.
-O que vocês estavam fazendo?
-A Gabriela planejou uma noite romântica e estávamos conversando sobre o que fazer para parecer que aproveitamos.
-E vocês costumam conversar de peças íntimas?
-Eu durmo assim, Nina.
-Desde quando?
-Desde que me deu vontade, que coisa chata. Não aconteceu nada entre nós, nunca aconteceu. –"Não por falta de tentativas" V acrescentou em pensamentos.
-Olha seus amigos ali. –Nina apontou pra porta da frente. –Eles não podem me ver. Vão lá falar com eles.
-E o Zac?
-Já deve estar voltando. Não se preocupe, vocês todos vão para o hotel.
-Ele vai querer ficar.
-Mas não pode. Vai logo. E Alex, nada de falar...
-Sobre você, eu sei. –Ele resmungou saindo do carro.
-A Gabriela vai me comer viva. –V disse.
-Vai mesmo, e o Zac também. Não sabia que você gostava de andar nua por aí.
-Nina, cala a boca.
  

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Hello girls! Como vão? Estou vendo a revolta por terem atrapalhado o momento de zanessa, nossa ksakslaks ACALMEM OS DEDOS, TEM VOLTA!!!! Quem bom que vocês gostaram/odiaram o capítulo e agradeço aos comentários de amor/ódio. O Capítulo 38 já está prontíssimo, então, comentem que logo eu posto. Durante a semana tem spoiler, viu? Fiquem de olho.
Queria divulgar o blog da Bea, Love Track que é um doce pra quem gosta de barraco (prevejo barraco no capítulo 3 ksalksla).
Xx

sexta-feira, janeiro 23, 2015

Capítulo 36

-Então, como foi o dia? –Z perguntou assim que ela entrou no carro.
-Cansativo.
-Você me parece preocupada.
-Só estou cansada. Os exercícios estão mais pesados.
-Ah, sim. –Ele disse indiferente. –E o almoço?
-Foi normal.
-Almoçou com o Franco?
-Com quem mais seria? –Ela deu uma risadinha e ele precisou se controlar para não acusa-lá. Vanessa estava mentindo descaradamente e ele sabia. Havia saído pra almoçar com a pessoa mais detestável durante toda a semana e nem sequer tinha lhe falado sobre isso. –Podemos almoçar amanhã se você quiser.
-Vou vê na minha agenda.
-Ah, claro. –Disse se aconchegando a ele. –Senti sua falta. –V confessou minutos depois.
-Foi mesmo? –Ela apenas assentiu. –Que bom.
-Não sentiu a minha?
-Talvez.
-Você está estranho.
-Estou cansado, só isso. –Ele disse usando a mesma desculpa que ela tinha dado a minutos atrás.
-Eu planejei um programa a dois para hoje a noite.
-Foi mesmo? –Ele perguntou com curiosidade enquanto digitava a senha de segurança do portão.
-Uhum.
-E o que seria?
-Talvez um jantar romântico em um lugar com uma vista legal, longe de escutas ou câmeras.
-E aonde seria esse sublime lugar?
-Se eu contar deixará de ser segredo. –Ela disse sorrindo. –Você topa?
-Vou pensar. –Z disse brincalhão e ela riu o puxando para um beijo assim que ele desligou o carro. –Isso ganha um talvez.
-Ah, então esse é o seu jogo? Gostei. –O beijou mais uma vez. Só se separaram quando escutaram batidas no vidro do carro. –Me diz que não é a Gabriela. –V pediu sorrindo ainda com os lábios juntos aos dele.
-Queria que não fosse. –Z disse lhe dando um selinho rápido e logo saíram do carro. –Oi, Gabriela.
-Olá casal. Eu não queria interromper, mas vocês não iam parar tão cedo.
-O que você quer? –V perguntou sentindo Zac a abraçar por trás.
-Avisar que já preparamos o piquenique na cachoeira como você pediu.
-Gabriela!
-O que? Ele ainda não sabe?
-Não.
-Fiz mal?
-O que você acha?
-Tudo bem, amor. Eu finjo que não ouvi nada. –Z disse lhe dando um beijo no pescoço. –Mas...
-Ah não. –Choramingou.
-Como e quando você descobriu o lugar?
-Gabriela, pode nos da licença?
-Tudo bem. Desculpe, Zac. Espero não ter estragado a noite de vocês. –A garota disse entrando novamente dentro da casa.
-E então? –Z perguntou lhe virando para si. –Como?
-Em uma de minhas caminhadas pela propriedade.
-Quando?
-Já faz um bom tempo.
-Você sabe que é perigoso, não sabe?
-Eu fui lá poucas vezes. –Disse o beijando levemente. –Meu jantar foi por água abaixo.
-Nós ainda podemos aproveitar.
-Jura?
-Claro. Até porque nós precisamos conversar.
-Sobre?
-Seu primeiro trabalhinho. –Z sussurrou a beijando no pescoço. –Seus amigos estão espreitando pela porta.
-Me carrega. –Vanessa pediu passando os braços pelo pescoço dele que logo a colocou no colo.
-Criatura abusada.
-Também te adoro. –Sorriu lhe beijando.

[...]

-Eu realmente gostei do seu programa a dois. –Z disse terminando a sua sobremesa.
-Fico feliz por isso. E o que vai falar amanhã?
-Que era uma desculpa sua para nós nos afastarmos de seus amigos para treinar.
-Ok. –Sorriu se aproximando dele e recebendo um olhar frio. –Você não está bem. O que aconteceu?
-Eu já disse que estou bem, Vanessa.
-Não comigo. O que foi que eu te fiz?
-Me diga você o que poderia ter feito de errado.
-Zac, estou no escuro aqui. Se abra comigo, por favor.
-Vanessa, esquece.
-De jeito nenhum. Se foi algo que eu falei ou deixei de fazer, peço perdão.
-Foi algo que você não falou.
-E o que seria?
-Porquê não me disse que estava saindo com a Nina?
-Você sabe que eu não tenho tempo pra sair com ninguém.
-Sem mentiras, Vanessa. Você trocou os nossos almoços pra ficar com ela. O que vocês estão aprontando? Você contou a ela sobre nós?
-Não, de jeito nenhum. Não é nada importante. Eu só... Só precisava falar com ela. –Ela suspirou cansada.
-Sobre o que?
-Não era sobre você, acredite. São coisas do passado, o que ela fez parte.
-O que você viu nos meus arquivos sobre você que te levaram direto pra ela?
-Como você sabe que mexi nesses arquivos?
-Sabendo.
-Eu só queria saber se ela lembrava do Juan Pablo.
-Ele te ligou?
-Não, só mandou uma mensagem me falando que estava mais perto do que eu imaginava. Juro que não respondi.
-E porquê não me mostrou?
-Por que é estúpido. Eu não quero saber aonde ele está ou deixou de estar, só quero saber de você.
-E porquê quis relembrar o passado?
-Por que não quero ele aparecendo por aqui dando um show sem sentido. Eu não me lembro de quase nada do nosso relacionamento e por isso quis saber se a Nina se recordava das nossas conversas e o que eu falava dele.
-E então?
-Ela não lembrou de muita coisa, por isso passamos a semana tentando conseguir mais informações.
-E porquê não perguntou a Gabriela e a Alexandra? Até mesmo o Alex deve saber de algo.
-Eu sei, mas preferi não envolvê-los nisso. A Gabriela logo fofocaria pra você, o Alex me daria diversas broncas já que o detesta e espalharia para os outros e a Alexandra não sabe de muita coisa, era recém chegada.
-E o que mais?
-É só isso.
-Você está me escondendo algo.
-Eu só estou preocupada. Não quero ninguém nos perturbando.
-Vanessa...
-Não foi uma época muito boa da minha vida, eu era irresponsável e rebelde. Se não lembro é por que vivia bêbada e se quer saber, eu não me orgulho disso. –Vanessa explodiu.
-Tudo bem, desculpa. Não queria te pressionar. –Ele disse a abraçando. No fundo ele sabia que não era só isso que a perturbava, mas resolveu deixar pra lá. Por enquanto. –Quer voltar?
-Não nesse clima. Vamos ficar mais um pouco e namorar, afinal, daqui a quantos anos vamos poder fazer isso de novo? –Ele riu e a beijou.
-Eu notei que você está de lingerie.
-A Gabriela que me apareceu com isso há alguns dias. Disse que eu precisava apimentar a relação, acredita?
-E o jantar foi ideia dela?
-Não. Eu realmente queria fazer algo pra nós dois desde o noivado e então juntei o útil ao agradável e mandei ela arrumar isso aqui. Dei uma supervisionada no horário do almoço e aproveitei pra deixar as coisas que eu comprei pra ela usar.
-Ela fez um bom trabalho.
-Também acho.
-Mas isso ainda não explica a sua peça intima.
-Ela me disse que eu deveria usar. Preferi não contestar.
-Hummmm. –Ele ronronou lhe dando beijos no pescoço.
-Não seja ridículo. –Se afastou sorrindo. –Só estamos a uma semana juntos.
-Oficialmente. Nosso "casinho" vem desde o nosso namoro que hoje é noivado, não se lembra?
-É claro que eu me lembro. –O beijou rapidamente dos lábios. –Mas mesmo assim.
-Relaxa, baby. Só quero te sentir um pouco. –Ele disse a puxando para seu colo. –Senti sua falta durante a semana.
-Eu também. Teve vezes que nem vi você dormir.
-É uma investigação que estou fazendo com o Ian. Do nascimento até os dias atuais, tanto dele quanto da família, amigos e colegas mais próximos.
-Hum. E posso saber quem é o infeliz?
-É irrelevante.
-Certo. –Disse lhe beijando novamente. Sentir falta era um eufemismo da parte dela, e dos grandes.
Vanessa pensou que com os amigos por perto eles ficariam mais juntos, mas isso estava longe de acontecer. Quando Zac não estava enfurnado no escritório, era no quarto que ele estava estudando as informações de algumas pastas que ela não fazia nem questão de chegar perto.
Ele não descia para jantar e preferia tomar café na rua, o que a forçava a fazer o mesmo já que ia de carona com ele.
-O que houve? –Z perguntou quando ela se separou dele abruptamente. –Fiz algo errado?
-Não, eu só estava pensando em uma coisa.
-E o que é?
-Posso ter um carro?
-Achei que você gostava de ir comigo.
-Eu gosto, mas as vezes eu tenho que ir de madrugada sem necessidade alguma. Posso ter?
-Bem, você pode, mas não é uma boa ideia. Não enquanto o Flecher estiver a solta. Pode ser perigoso.
-Não se for o carro certo.
-Mesmo assim. E se ele perseguir você? Que eu saiba, o seu cérebro não funciona muito bem sobre pressão.
-Eu sou muito dependente de você e isso já está ficando chato.
-Eu sei, mas é necessário. Não podemos correr riscos.
-Mesmo assim, eu não quero acordar cedo sem necessidades.
-Eu posso mandar alguém vim te buscar, não sei ainda. Vemos isso depois, hm? –Z disse beijando-lhe os cabelos.
-Quando vocês vão pegá-lo? Eu quero a minha liberdade de volta.
-Logo, baby. Estamos atrás de uma sósia sua e vamos fazer um teste. O Axel queria te usar como cobaia, mas achei arriscado demais.
-Eu ouvi algo a respeito. Vocês já localizaram ele?
-Ainda não.
-Eu não entendo, Zac. Nas duas vezes que o vimos tão perto ele não me atacou.
-Ele gosta de chamar a atenção, baby. Se ele tivesse te levado do café, não desconfiaríamos dele. Pelo menos não de primeira.
-Mas ele poderia ter feito uma cena no avião.
-Seria muito pouco. Ele gosta de causar de verdade.
-É por isso que você não gosta de sair comigo para passear?
-Também. Não quero ninguém da agência nos vigiando sem necessidade.
-Entendi.
-Chega de falar disso. Vamos voltar ou trocar mais uns beijos?
-Segunda opção, por favor.

[...]

-Depois do natal eles vão embora.
-Você tem certeza?
-Foi isso o que a Alexandra me disse.
-Espero que não se prolonguem.
-Achei que você gostava deles. –V disse parando perto do canil.
-E eu gosto, mas eles correm perigo aqui. –Disse tentando puxá-la, mas Vanessa não se moveu. –O que houve?
-Eu pedi pra Gabriela arrumar o nosso quarto.
-Você pediu?
-Ela se ofereceu. –Ela disse revirando os olhos. –Seja o que for, me prometa que não vai se zangar.
-Eu prometo. –Zac disse levantando a mão livre. Ela sorriu e o beijou.
-Que gracinha. –Ian disse logo atrás deles. –Isso é tão romântico.
-Também acho. –Franco disse eles logo se separaram. –Continuem.
-O que vocês fazem aqui? –Z perguntou.
-Eu preciso falar com você e ele com a Vanessa. –Ian disse. –Chegamos na hora errada, pombinhos?
-Não seja ridículo. –V disse revirando os olhos. –Só estávamos conversando.
-Conversas de línguas, já ouvi falar. –Franco disse. –Você nunca conversou assim comigo.
-Calado. –V ordenou corando entrando dentro da casa. –Pessoal?
-Eles estão na sala de jogos, senhorita Vanessa. –Leslie disse saindo da cozinha. –Terminei de limpar a cozinha e já estou de saída.
-Até amanhã, Rosalla. –Z a cumprimentou.
-Até amanhã senhor Efron, senhorita Hudgens, senhores.
-Até qualquer dia, Rosalla. –Ian disse assim que ela saiu pela porta. –Ela é uma das melhores.
-Eu sei.
-Você consegue tudo do bom e do melhor, não é, Efron?
-O que você precisa conversar comigo?
-Particular.
-Vamos para o escritório. –Disse olhando pra Vanessa. –E vocês?
-Sala de música. –Ela respondeu.
-Ok. –Trocaram um beijo rápido e seguiram para suas respectivas salas.
-Beijinho de despedida, hein? –Ian disse sorrindo. –O que está rolando entre vocês dois?
-Nada.
-Você não sabe mentir pra mim. Vocês estão se pegando. Eu sabia que isso ia acontecer.
-Não está havendo nada, já disse.
-E então?
-Os amigos dela vivem bisbilhotando, precisamos agir como noivos.
-Sei. –Falou debochado.

-Ah, claro. Seus amigos. –Franco disse sorrindo. –Sabia que é errado colocar a culpa de tudo neles?
-Não estou colocando a culpa neles, é a verdade.
-Sei.
-O que você quer? –V perguntou ignorando a cara de deboche.
-Preciso que você esteja livre dia 24.
-Algum problema?
-Nossa missão.
-Ah não. Meus amigos estarão aqui.
-Eu sei. Vamos fazer de tudo para chegar antes das 18 horas, mas por via das dúvidas, cancele tudo.
-Não posso. Eles vão embora no dia seguinte.
-Nenhum aeroporto estará aberto no dia 25. Provável no dia 26.
-Você me entendeu.
-Vanessa, você não tem escolha. Ordens são ordens.
-Eu não sei nem pegar numa arma ainda, o que você quer que eu faça lá? Busque café?
-O Zac vai cuida disso, é dever dele. Vocês terão uma semana para se prepararem. Já agendei as aulas de tiro.
-Mas...
-Não insista, nada vai mudar.
-Ok. –Suspirou. –Você sabe o que eles conversam?
-Sobre a investigação deles.
-Você sabe quem é o cara?
-Não é da minha conta.
-Porquê vocês sempre dizem isso?
-Por que é a verdade. Quer treinar um pouco?
-Não sei não. Desde que os meus amigos chegaram, eu não repasso nada com o Zac.
-O que é um erro. A conversa deles vai ser longa, vá trocar de roupa.
-Não é necessário. Somente uma luta corporal básica.
-Tudo bem. Aqui?
-Pode ser. –James atacou e Vanessa logo estava no chão. –Perdeu.
-Eu nem estava preparada.
-Você tem que está sempre preparada.
-Argh. –Ela fez força e logo as posições se inverteram. –Bam, está morto. –James a empurrou e eles logo estavam rolando pelo chão. Vanessa conseguiu se levantar, mas ele a chutou em direção a porta, fazendo ela cair no meio da sala. –Ei!
-Deixe de moleza.
-Vou te mostrar a moleza. –Ela disse se levantando e correndo na direção dele, mas com um golpe foi ao chão novamente.
-Sem euforia. –James a repreendeu a puxando pelos cabelos. –Agora me deixe orgulhoso e se livre dessa chave de braço. –Ele pediu realizando o golpe. Vanessa não ter outra opção a não ser se jogar no sofá com ele por cima fazendo os dois caírem no chão. –Boa menina, mas eu posso muito bem montar em você e quebrar a sua coluna assim. –Ele falou antes de lhe dar uma cotovelada no meio das costas.
-Ai! –Ela reclamou de cara no chão.
-Você é melhor do que isso.
-Me ajude a levantar. –Ele revirou os olhos e a pegou pelos ombros. No meio do caminho Vanessa lhe deu uma cotovelada na virilha seguido por um soco no nariz o derrubando no chão.
-Ai! Tempo, tempo. –Ele pediu rolando no chão.
-Não seja mole.
-Sua vadia. –Ele xingou-a e Vanessa não conseguiu evitar o riso. –Não é engraçado.
-Eu só estava me aquecendo.
-Ah, é? Deixa a dor passar pra você vê.
-Não sabia que o agressor ia permitir isso.
-Cala a boca. Estou te dando tempo pra respirar também. Quase que não consegue me derrubar no sofá.
-Ah, claro.
-Vanessa, você não quer mesmo que eu me levante.
-Você que está com moleza e quer por a culpa em mim. –Franco levantou num vulto a fazendo saltar de susto.
-O que foi? Está com medo?
-Achei que você estava descansando.
-Não mais. Vou te deixar toda dolorida. –Ele a ameaçou enquanto a puxava pelo cabelo a colocando de quatro no chão. –Boa garota. Flexione as pernas.
-Não consigo.
-Só estou te prendendo com um braço, Vanessa. Seja forte.
-Não dá.
-Você consegue. E no instante que você flexionar as pernas, eu vou usar os dois braços e aí você terá que arranjar mais força para me derrubar. Vamos!
-Argh! –Ela fez força e conseguiu retirar um joelho do chão, mas logo a pressão a derrubou no chão novamente. –Não dá.
-Vanessa! Força.
-Eu não tenho.
-Você acabou de jantar, deixe de moleza. Cade as proteínas? –V desistiu de levantar e deu-lhe uma rasteira. –Ei.
-É o melhor que eu posso fazer. –E montou em cima dele novamente. –Morto novamente. –Ele a empurrou com as pernas e Vanessa logo estava uma dando cambalhota pela sala. –Ei. –James montou em cima dela. –O que você está fazendo?
-Mostrando uma coisa nova. –E a agarrou pelos cabelos. –Suponhamos que você está amordaçada e com as mãos presas nas costas. O que você faria para se defender?
-Cotovelada na virilha.
-Seria bastante desajeitado, provavelmente não acertaria. E se eu estivesse na sua frente? –Ele mudou a posição.
-Cabeçada?
-Não, isso daria a entender que você quer fazer um boquete. –Ele riu. –Certo. O que você tem que fazer é tentar me acertar com o joelho. Para isso, você precisa ser rápida e certeira. Vamos.
-Você sabe que eu vou te atacar, não vou conseguir.
-Consegue sim se for ágil o suficiente. E se não funcionar, eu vou dá na sua cara até você conseguir. –Vanessa tentou, mas ele a impediu com as próprias pernas.
-Ai! –Ela reclamou depois do tapa estalado que recebeu.
-Se concentre.
-Não vou conseguir.
-Agilidade e concentração. Vamos. –Ela tentou novamente e ele a segurou. Outro tapa. –O seu rosto vai ficar marcado desse jeito.
-Não me diga. –Ela tentou e mais uma vez não conseguiu. O tapa foi do lado direito dessa vez e bem mais forte. –Tempo. –Ela pediu sentindo as lágrimas escorrerem.
-Sem tempo. Vamos, você precisa aprender a funcionar sob pressão.
-James, você está me machucando.
-Estou te ensinando. Vamos, você consegue. Foco, Vanessa. –Ela tentou e outra falha. –Por favor. Estou cansando de te bater. –Ele disse após outro tapa. –É a nossa despedida. A partir de amanhã o Efron que vai treinar com você. Me deixe orgulhoso.
-Meu rosto está pegando fogo.
-Minhas mãos também. Vamos lá. –Ela respirou fundo e abaixou a cabeça. Se errasse mais uma vez ela não iria aguentar. Era difícil se concentrar com a dor da cotovelada e do chute se espalhando pelo corpo e indo de encontro as dores dos tapas. –Não desista. Eu sei que você está cansada, eu também estou, mas você precisa se concentrar. É sua chance de sobrevivência. Se errar, você pode levar um tiro e não um simples tapa. –Vanessa flexionou as pernas e lhe acertou em cheio na intimidade, mas não parou por aí. Aproveitou o embalo e lhe deu uma joelhada no estômago e o puxou pelos cabelos para lhe acertar nas costelas e coluna. –MEU DEUS, TEMPO! TEMPO TEMPO TEMPO! –James pediu caindo no chão com a boca e o nariz sangrando.
-O que houve? –Z disse saindo do escritório com Ian do lado. –O que você fez?
-Deu uma surra nele. –Alex disse do andar de cima e Vanessa viu o restante dos amigos a encarando. –Estou com medo de você.
-Vocês estão aí a quanto tempo?
-Escutamos o seu grito e te vimos estirada no chão perto do sofá. Você está bem? –Gabriela perguntou.
-Estou. Esse é o meu professor de defesa pessoal. –V apresentou.
-Percebi.
-O que aconteceu com o seu rosto? –Zac questionou se aproximando dela. –James, o que você...
-Estímulo. –Ele disse se sentando no chão.
-Através da dor?
-Fariam pior lá fora. Alguém pode me trazer um pouco de gelo?
-Não. Você está bem? –Z questionou analisando o rosto da morena.
-Sim, eu já me acostumei.
-Não deveria. Avisei para pegarem leve com você.
-Ela que pediu para avançar. –Franco se defendeu.
-Vanessa!
-Ele já fez coisa pior e eu não morri! Relaxa. –Disse o beijando de leve. –Vou buscar alguns analgésicos e uma bolsa de gelo.
-O Ian vai.
-Zac, por favor. Estou bem. –Ela disse desaparecendo pela cozinha.
-Não me olhe assim. –Franco reclamou para Zac. –Ela acabou comigo.
-Bem feito.
-Foi a nossa despedida. Ela é toda sua a partir de amanhã.
-O Ian me avisou.
-Boa sorte. –Sorriu.
-Eu vou precisar. –Disse o ajudando a se levantar.
-Alguém pode me explicar o que aconteceu aqui? –Alexandra pediu descendo as escadas.
-Eu sou o professor...
-Isso eu já entendi. –A loira disse descendo as escadas. –Porque você entrou na casa dela e a espancou que não ficou muito claro.
-Eu não a espanquei.
-Você deu uma cotovelada nas costas dela mesmo depois de dizer que podia quebrar a coluna e em seguida a puxou pelo cabelo a colocando de quatro.
-Vou anotar isso. –Z disse.
-Estávamos treinando. –James o ignorou.
-Isso foi humilhante.
-Só estou fazendo o meu trabalho.
-Espero que você não faça o mesmo, por que se não, eu acabo com você. –Alexandra ameaçou olhando para Zac.
-Chega, Alexandra. Eu estou bem. –V disse voltando a sala com um kit de primeiros-socorros numa mão e um copo com água na outra.
-Você está com o rosto mais vermelho que um pimentão.
-E ele está sangrando. –Ela rebateu sorrindo.
-Estou orgulhoso. –James disse antes de tomar um comprimido.
-Eu também. –Z disse a puxando para um beijo. –Você precisa de um banho.
-Nossa, muito obrigada.
-Para aliviar a dor, Vanessa. –Ele disse a abraçando. –Precisa relaxar os músculos antes de se deitar ou então vai acordar com dores.
-Vemos isso depois. Deixa eu cuidar desse nariz ensanguentado. –Ela pediu se afastando e em seguida abriu a maleta.
-Acho que você o quebrou.
-Ponto extra pra mim. –Ela disse e começou a tratar o ferimento.
-Ele vem sempre aqui? –Alex questionou.
-Não, é a primeira vez. Bem-vindo!
-Muito obrigado. –Sorriu. –Eu realmente fiz um bom trabalho. Eu me amo.
-Menos, James.
-Me desculpem, não queria perturbá-los. –Disse para os amigos dela.
-Pois perturbou! –Gabriela disse zangada.
-Gabriela!
-Ele machucou você!
-Eu poderia ter pedido pra parar.
-E você pediu, mas ele continuou.
-Vou anotar isso também. –Z disse. –Franco, eu vou acabar com você.
-Estou contando com isso.
-Você sabe que eu consigo te deixar inconsciente em cinco minutos.
-Como também sei que você gosta de prolongar a dor.
-De qualquer forma, se prepare.
-Já nasci preparado.
-Parem os dois. –V disse colocando colocando os algodões usados em um saco separado e fechando a maleta. –Prontinho.
-Dá pra sobreviver.
-Eu deveria deixar você sangrar até apagar.
-Seria injustiça já que eu já cuidei de você também.
-Pois então estamos quites. Na próxima, não haverá moleza.
-Pode vir. Se quiserem, venham os dois. –Ele disse se levantando sofá.
-Vai ser um prazer. –Z disse o levando até a porta juntamente com Ian e Vanessa. –Nos vemos na reunião de amanhã.
-Se eu conseguir levantar. Não tenho ninguém pra me preparar um banho de banheira. –Provocou.
-Azar o seu.
-Não se esqueça dos equipamentos, Efron. –Ian disse.
-Pode deixar, Somerhalder. –E fechou a porta.
-O que aconteceu aqui? –James perguntou. –Desculpe Zac, mas isso não me pareceu certo.
-O Ian estava em uma reunião com o Zac e eu decidi treinar com o James. –Vanessa disse pegando a maleta e o saco de lixo pequeno. Z logo os tomou dela indo para a cozinha.
-E você vai treinar com o Zac porquê...?
-Por que sim, ué. Só ignorem o que aconteceu aqui.
-Desde quando você tem essas aulas? –Jason questionou.
-Comecei assim que cheguei.
-E porquê?
-Percebi que era muito vulnerável e isso é perigoso morando em uma casa desse tamanho. E se invadissem?
-O Zac te defenderia. É o dever dele como namorado.
-As vezes ele tira serviços noturnos, Jason. Eu não sei o porque dessas perguntas. Defesa pessoal é uma coisa tão comum.
-Mas isso não foi nada comum. –Tyler disse. –Tem certeza de que está bem?
-Sim, eu tenho. Vou dormir agora, boa noite. –Ela ouviu os amigos responderam de volta e quando ia chegando perto das escadas, sentiu braços lhe envolvendo. –Não é necessário.
-Calada. –Z disse é a carregou até o quarto.
-Aproveitem. –Gabriela gritou e eles riram fechando a porta.
-Nossa! –Ela disse analisando o lugar.
-Nossa! –Ele repetiu a pondo no chão. O quarto estava iluminado por velas perfumadas; pétalas de rosas vermelhas estavam espalhadas pelo chão e pela cama e haviam morangos cobertos de chocolate em uma taça de vidro mediana na mesa de cabeceira. –Ela realmente fez um bom trabalho.
-Eu quem o diga. –V disse indo até o banheiro. –Vem vê isso.
-Ela pensou em tudo. –Z disse atrás dela. –Vinho, que eficiente.
-Não seria melhor champanhe?
-Champanhe são para comemorações, vinhos são mais românticos.
-Entendo. Ela tem jeito pra coisa.
-Concordo. –Disse a abraçando por trás. –Quer tomar banho agora?
-Acho que foi preparado pra dois.
-Vanessa...
-O que? É verdade. Tem espuma demais para uma pessoa só.
-Não acho que é uma boa ideia.
-Mas foi você mesmo que insistiu depois do jantar.
-Eu estava brincando. Só estamos juntos a uma semana.
-Já passou da meia noite; uma semana e um dia.
-Tecnicamente, nos acertamos depois da meia noite então...
-Entendi. –Ela disse ficando de frente pra ele. –Eu não vejo problemas, sério. Eu gosto de você e você de mim e estamos noivos. Sendo de mentira ou não, vamos acabar casando.
-Estamos tão bem, não quero estragar isso.
-Zac, eu sei que vai ser bom. Tem sentimento envolvido e de qualquer modo, vamos continuar vivendo juntos. Eu quero, você não?
-Não é que eu não queira, mas é cedo demais. E amanhã nós temos treino, não quero você cansada.
-Pelo menos toma banho comigo.
-Vanessa...
-Por favor. –Disse o beijando.
-Eu entro e depois você. –Ele concordou.
-Tudo bem.
-Com distância.
-Eu entendi. –Ela disse revirando os olhos. –Quer que eu coloque um bikini?
-Não, pode ser de lingerie mesmo.
-E se estragar?
-Acredite: vocês mulheres ligam mais pra isso do que nós homens.
-Bom saber. –Ela disse tirando a camiseta e em seguida a calça. Zac já estava na banheira quando ela terminou de prender o cabelo.
-Vinho, senhorita?
-Por favor, senhor. –Ela brincou entrando na banheira. –Era melhor ter trago os morangos para cá, não acha?
-Depois nós comemos. –Ele disse lhe entregando a taça.
-Ah, que relaxante. –Ela suspirou se acomodando melhor.
-Eu disse que seria. –Z falou iniciando uma massagem no pé direito dela. –Ele só veio aqui para te dar uma surra de despedida?
-Não. –Ela riu. –O James veio me contar que eu vou precisar treinar com você para aprender a mexer com armas já que a missão foi adiada para o dia 24. Eu tentei argumentar, mas foi em vão. Teremos somente uma semana.
-Eu sei. Já comecei o planejamento. Não dá pra fazer muita coisa, mas é melhor que nada. Pé esquerdo. –Ele disse e ela trocou.
-Você vai pra missão também?
-Vou.
-E meus amigos vão ficar sozinhos?
-Eles são crescidos. Eu pensei que você fosse gostar que eu estivesse lá.
-Eu gosto da ideia.
-Não parece.
-Eu tenho medo de falhar e te fazer passar vergonha.
-Não vai acontecer. Nós vamos ficar na parte da observação, possivelmente nem sairemos do carro, mas é bom estarmos preparados caso nos descubram.
-Entendi. Seremos só nós três?
-E uma equipe com mais cinco pessoas. É uma área grande.
-Hmmm.
-Está gostando?
-Muito. Tenho até medo de perguntar como que você aprendeu.
-Nasci sabendo.
-Duvido.
-É sério. Eu só imagino o que eu faria em mim e realizo.
-Muito bom.
-Fico feliz que esteja gostando. –Sorriu. –Vire de costas. Vou massagear você inteira.
-Tudo bem. –Ela obedeceu e logo sentiu os dedos ágeis dele trabalhando na sua nuca. –Isso é tão bom.
-E olhe que você me detestava no início.
-Eu não te detestava, só queria distância.
-E porquê?
-Você já se olhou no espelho? Você é um gato. Muito apaixonável e eu já quebrei muito a cara.
-E findou se apaixonando. –A beijou no pescoço.
-Fazer o que, né? –Brincou. –O que o Ian veio fazer aqui?
-Me atualizar sobre as investigações.
-Esse cara é tão perigoso assim?
-Não diria perigoso, mas é sempre bom estar preparado.
-Hm.
-Continue me contando. Ele te contou da data da missão e depois te chamou pra briga?
-Ele perguntou se eu queria treinar já que você estava ocupado, aí eu falei que nós não treinávamos mais desde que meus amigos chegaram. Ele disse que isso era errado e então me chamou pra treinar.
-Na sala de estar? Foi irresponsabilidade.
-Começamos na sala de música, mas depois de um chute nós chegamos na sala e nem percebemos.
-Espero que o chute tenha sido nele.
-Foi no meu estômago.
-E você revidou, não foi?
-Eu quebrei o nariz dele, você não viu?
-Acho bom. –Disse parando a massagem. –Vire-se para mim. –Ela obedeceu. –Você se machucou?
-Não muito.
-Está doendo?
-Os analgésicos já resolveram o problema.
-Não quer ir no médico?
-Estou legal, amor.
-Amor. Você nunca tinha me chamado assim. Não de verdade.
-Mas é isso o que você é, meu amorzinho. –O beijou. –Meu raio de sol. –Lhe beijou novamente. –Meu príncipe.
-Está bem, chega.
-Um carinho é sempre bem-vindo. –Ela reclamou.
-Eu sei, mas você precisa descansar. Vou fazer uma massagem nas suas pernas e então nós saímos.
-Chega de massagens em mim, posso fazer em você se quiser. Eu sei que está tão ou mais cansado que eu.
-Resolvo isso na cama.
-Zac, relaxar uma vez só não vai te matar.
-Viver estressado também não.
-Isso aí mata sim. Vamos, só uma massagem de cinco minutos.
-Mas...
-Vire-se. –Ele resmungou algo que ela não entendeu, mas obedeceu. –Bom garoto. –Z sorriu. –Quais os equipamentos que o Ian se referiu?
-As escutas do nosso quarto.
-Você ainda não instalou?
-Não tive tempo; eles estão estranhando.
-Imagino. Quando pretende colocar?
-Segunda-feira. Nós vamos treinar somente na parte da tarde, então tenho a manhã livre.
-Entendo. –Isso lhe dava dois dias para conversar com ele livremente.
-Já está bom. –Ele se levantou.
-Não se passaram nem dois minutos.
-Não quero que você fique resfriada. Vou tomar uma ducha para tirar o sabão.
-Sim, senhor. –Ele riu e entrou no box.

[...]

-Viu? Não morreu por tomar banho comigo. –Ela disse se deitando na cama ao lado dele. –Ou por relaxar. –O beijou.
-Vamos dormir.
-Só um pouquinho de carinho, por favor.
-Baby...
-Só um pouquinho.
-Porquê você quer tanto dormir comigo? E não estou falando só de dormir.
-Eu quero namorar, Zac. Só isso.
-Não acredito em você.
-Passamos a semana longe um do outro e nos distanciamos. Não gosto disso.
-A semana que vem será toda nossa.
-Mas eu duvido que vamos poder nos tocar tão livremente. Só quero um carinho vindo de você.
-Eu te dou carinho.
-Mas não é suficiente.
-Não pode acontecer.
-Eu já sei disso. Só quero te beijar um pouco.
-Mas você sabe que não vai se controlar e isso vai acabar me fazendo perder o controle também.
-Estou contando com isso.
-Você bebeu demais.
-Eu não estou embriagada, acredite. Só quero seu amor. –Essas palavras foram o fim pra ele.

Zac a puxou para seus braços e a beijou com paixão. Ele também sentia falta dela, mas não podia ser irresponsável. Mas que se dane! Sempre havia feito tudo certo e não havia ganhado nenhum reconhecimento por isso.

-Sabe o que o meu pai dizia? –Ele perguntou se separando.
-Não.
-"Viva a vida como se fosse seu último dia. Pode ser realmente o seu último dia."
-Se encaixa bem nesse ramo.
-Exatamente. –A beijou novamente, dessa vez mais devagar. –Você tem certeza?
-A única certeza que eu tenho na vida é de que vou morrer, mas eu quero você. Muito! –Ele sorriu e a beijou.

Zac tinha acabado de retirar a camiseta dela quando ouviu o alarme de segurança soar por toda a casa.

-Droga! –Ele correu até o painel de controle que tinha perto da porta do quarto.
-O que houve? –Vanessa perguntou assustando.
-Invadiram a propriedade. 
  

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Hei giiiirls. Como vão? gostaram? Teve briga, romance... Está bom, não está? Como eu falei pra algumas, o capítulo estava grande demais e eu dividi em duas partes. Ficou dez páginas pra cada um e bem, acho que vou acrescentar mais coisa na outra parte haha. Sobre a virgindade da Vanessa: QUEM SABE NA PRÓXIMA, NÃO É? Fiz esse capítulo nas madrugadas da vida, por isso, se tiver com erros de digitação me perdoem. Estava drogada de sono. Anyway, um beijo pra quem comentou e gostou.
Xx